Moa gente Boa!

Essa semana teremos o enorme prazer de receber na nossa roda de samba do projeto Do Morro ao Asfalto o grande compositor Moacyr Luz, o querido Moa.

É a segunda vez que ele vem participar da nossa festa e certamente já o consideramos nosso amigo / padrinho.

Aliás, não só a gente do Dois do Samba, mas todo mundo que se aproxima desse craque.

Não bastasse ser um especialista em acordes e melodias geniais, em etílicos de todas as espécies e em "butiquins mais vagabundos", o Moa é um "legítimo gente boa".

Domina todos os fundamentos mais profundos desse tipo inigualável de ser humano.

O aguardaremos com bastante carinho, felicidade e (obviamente) com um Grand Reserva, que é a bebida que o danado merece.

Até domingo, na Rua Sapucaí!

Dudu Nicácio (em nome dos Dois).

ps: a foto é registro do nosso primeiro encontro no Bar do Mineiro, no aconchegante Bairro Santa Tereza no Rio, tirada por Fabiana Leme.

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Estréia

É isso ai minha gente,

Agora o endereço do nosso sítio já está no jeito.

Agradecemos a todos por nos visitar e também por deixar aqui seus comentários.

Até sábado na Barragem Santa Lúcia. A festa promete ser maravilhosa.

Ai vai a programação completa. Não percam!

E como esperamos comemorar mais uma vitória do Brasil na Copa. Deixo aqui a minha sugestão de bolão para o próximo jogol: Brasil 3 X Portugal 1.

Qual é a sua?

Valeu.

Dudu (em nome dos Dois)

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Do Morro ao Asfalto - Edição 2010

Uma cidade sem barreira. Uma cidadania verdadeira. Do Morro ao Asfalto, o samba de volta pra casa. A justiça mais próxima, a justiça mais justa. Uma só festa que o samba concilia.

Há quatro anos temos o privilégio de percorrer as favelas de BH promovendo deliciosas rodas de samba, na companhia de vários amigos.

Durante esse tempo já passou pela roda do Dois do Samba boa parte da cena de samba de MG, como: Toninho Gerais, Dona Jandira, Lúcia Santos, Tia Elza, Meninas de Sinhá, Donaelisa, Seu Domingos, Mestre Conga, Fabinho do Terreiro, Zé do Monte, Seu Ronaldo, Bira da Favela, Artur Carvalho, Cabral, Mário Moura, Nonato, Dóris, Dé Lucas, Vitor Santana, Aline Calixto, Mestre Jonas, Miguel dos Anjos, Tiago Mocotó, Ronaldo Leon, Marcelo Roxo, Thiago Delegado, Fernando Bento, Gustavo Maguá, Juliana Perdigão, Rodrigo Torino, Chuchu do Cavaco e os grupos Fidelidade Partidária e Copo Lagoinha.

A Edição 2010 do projeto começa no próximo sábado, dia 26 de junho, a partir das 16h.

Teremos o prazer de ter como convidados os sambistas Diza do Cartola, Ivo do Pandeiro, Evair Rabelo.

Para além da participação especial do querido Vander Lee, parceiro da última hora que tem nos trazido muita alegria.

Esperamos todos lá para essa festa do samba e da cidadania!

Saudações.

Dudu Nicácio (em nome dos Dois).

ps: as fotos são da nossa querida Nana.


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Das lembranças


Tudo o que é bom deve ser lembrado.
E tudo que é ruim tem que ser esquecido.
Independente do valor - positivo ou não - existe um mecanismo na mente que retorce e distorce as imagens, sons, cores e sabores da lembrança ainda lívida.

Todo dia algo de real, da lembrança, se perde da emoção do lembrar. Quando ainda a cena está recente, sente-se com arrepio o sinistro momento. E aprendemos isso das lembranças ruins, como acidentes, perdas e insucessos.
As razões irracionais, incontroláveis, os fatos desencadeados, todo o non-sense produzido no ato de uma lembrança traumática, todos estes, vão - graças à Deus - para alívio de quem vive, se tornando cenas distantes, deixando de ser memória fresca. O tempo se encarrega de levar o sentimento auge dessas infelicidades: o medo. Daí, parece que uma parte daquilo ruim, se aloja em algum lugar do futuro das nossas ações, pra se transformar em algo que preste pra alguma situação presente. Tudo se transforma na natureza do viver - cair e levantar pra aprender a cair e aprender a levantar e aprender a não cair tanto e aprender a voar. Tudo mesmo, se transforma, até as boas lembranças ditas inesquecíveis. Estas ao sabor do tempo, também vão sendo esquecidas se não revividas. Revisitá-las pode parecer difícil, surgindo daí a necessidade de ritualizar. Para tentar conviver com uma linda lembrança que já está fosca pelo passar do tempo, para tentar conformar-se com uma cena repleta de alegria que não volta mais. Para suportar a vida sem aquele breve, porém pleno, momento vivo no peito. Para tentar reviver aquela magia de encantamento, aquela festa livre de espaço e de tempo. Pra isso, para tudo isso que foi inventado o samba.

Rodrigo Braga

ps: as fotos são um registro da nossa querida Nana, da nossa participação na Saideira do Comida de Buteco.

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Um brinde e boa noite!

Meu nome é Rodrigo. Meu sobrenome é Braga. Venho através desta me apresentar e redimir. Aos que me conhecem, os amigos da verdade, um fraterno sorriso. E um brinde. Aos que me conhecem, de longe, uma respeitosa reverência.
Aos que me respeitam e admiram, um enorme e respeitoso muito obrigado. Aos irmãos e irmãs de fé e luta, duas mãos seguras por dois braços. Aos que são de sambar, fiquem à vontade. Aos que desejam amizade, braços abertos. Um brinde a todos nós.
Gostaria de brindar por todos guerreiros e guerreiras, amantes cármicos da música. Mestres, estamos juntos. Todas portas-bandeiras dessa missão cultural do universo, que juntam unidade ao verso e se tornam dois, duas que, em grupo levam, entoam, defendem, o samba.
Samba não se faz sozinho, nunca se fez sozinho. Na melhor das reduções da hipótese, há sempre uma árvore, tripas e couro. Entidades outrora vivas que emprestaram seu valor a um ser humano aparentemente só, com uma idéia, com um desejo, com uma força. Postos à serviço da dôr ou da alegria, encontrando seu propósito nos pés, desatando os nós, da massa. 
Aos antepassados dos antepassados, proponho um brinde. À toda conjuntura do destino que levou à criação dos mais sutis quesitos.
À toda seriedade dos exércitos de jongueiros e à toda sacanagem das corjas de malandros, estes todos, criadores, improvisadores, gênios da linguagem por reflexo, sabedoria e sobrevivência, que sacaram do ar de seu tempo as tantas desinências convergidas num só ponto, o samba. De todas as partes do país, de todos os jeitos possíveis, foram eles que resistiram para que agora, ainda possamos refazer sua cultura no terceiro milênio. Um brinde ao legado da cultura negra, como a água, infiltrando-se por entre índios e europeus.
Sou do samba. Junto com meu parceiro Dudu Nicácio, somos Dois do Samba. Mas acredito que juntos somos milhões do samba.
E pra quem é do samba eu deixo meu boa noite.

Boa noite (Mocotó/R.Braga)

"Boa noite, meus amigos camaradas,
Parceiros de madrugadas,
Companheiros de ilusões.

Boa noite, aos que fazem batucadas,
Pandeiros, vozes cantadas,
Cavaquinhos, violões.

Boa noite, às mulheres encantadas,
Às cervejas bem geladas
Às conversas, às canções.

Boa noite, às noites de lua estrelada
Às casas, butecos, calçadas,
Palco dessas uniões.

À todos que gostam de samba, sorrir e cantar
À todos que o coração manda viver ao luar
À todos que fazem da noite razão de seus dias
Que fazem de suas tristezas, belas melodias..."

Boa noite!

Rodrigo Braga

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